Quando uma pessoa quer, por exemplo, comprar algo da loja e decide enviar o primeiro filho para comprá-lo, porque sabe de antemão que este filho é sábio e irá direto comprar o que o pai quer, enquanto o outro filho se distrairá brincando com seus amigos e desperdiçará o dinheiro, essa é uma suposição que o pai fez com base em seu julgamento.
O conhecimento do destino não contradiz o livre-arbítrio porque Deus sabe nossas ações com base em Seu conhecimento completo de nossas intenções e escolhas. Ele tem o exemplo supremo; conhece a natureza dos humanos, pois foi Ele quem nos criou e sabe o que está em nossos corações em termos de desejo pelo bem ou pelo mal, conhece nossas intenções e está ciente de nossas ações. Registrar esse conhecimento com Ele não contradiz nosso livre-arbítrio. O conhecimento de Deus é absoluto, enquanto as expectativas humanas podem estar certas ou erradas.
Pode ser que uma pessoa aja de uma maneira que não agrada a Deus, mas suas ações não irão contra a vontade de Deus. Ele deu aos Seus servos o livre-arbítrio, mas essas ações, mesmo que desobedientes a Ele, ainda estão dentro da vontade de Deus e não podem contradizê-la, pois Ele não deu a ninguém a capacidade de ultrapassar Sua vontade.
Não podemos forçar nossos corações a aceitar algo que não desejamos. Podemos forçar alguém a ficar conosco sob ameaça e intimidação, mas não podemos forçar essa pessoa a nos amar. Deus guardou nossos corações de qualquer forma de coerção, e é por isso que Ele nos responsabiliza e nos recompensa com base em nossas intenções e no que nossos corações carregam.